Bombardeio em hospital de Myanmar: Junta acusa rebeldes de usar instalações civis

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A junta militar de Myanmar admitiu na última sexta-feira (12), ter realizado um bombardeio aéreo contra o Hospital Popular de Mrauk-U, no estado de Rakhine, ocorrido na quarta-feira anterior, justificando a ação como uma operação de contraterrorismo contra grupos armados que usariam o local como base.

Um oficial sênior dos serviços de resgate em Rakhine, entrevistado pela Associated Press na última sexta-feira (12), relatou que 34 pessoas morreram, incluindo pacientes e funcionários médicos, e cerca de 80 ficaram feridas, com um caça da junta lançando duas bombas que destruíram o prédio principal.

A declaração da junta, publicada no jornal estatal Global New Light of Myanmar, alega que as vítimas eram membros armados do Exército Arakan (AA) e da Força de Defesa do Povo, negando a presença de civis.

Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), manifestou-se em postagem no X declarando-se “appalled” pelo ataque ao hospital que oferece serviços primários de saúde, emergência, obstétricos e cirúrgicos, alertando que “este ataque interromperá o acesso à saúde para comunidades inteiras” e classificando-o como o 67º incidente verificado contra instalações médicas no ano.

O AA prometeu, em comunicado, buscar responsabilização com organizações globais e tomar “ações fortes e decisivas” contra a junta, enquanto a ONU condenou o ato como parte de um padrão de ataques a civis que devastam comunidades. A região de Mrauk-U, capturada pelo AA em fevereiro de 2024, permanece em conflito desde o golpe de 2021.

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