Por O Dia – foto: reprodução
Rio de Janeiro – Uma funcionária da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb), acusada de matar o companheiro envenenado com uma vitamina de banana, foi presa, na manhã desta sexta-feira (24), em Irajá, na Zona Norte.
Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), Iris Maria Soares da Silva preparou a bebida com chumbinho e enviou para Rogério Maurício Moreira da Gama, também funcionário da Comlurb, tomar no café da manhã. Depois de ingerir a vitamina, o homem passou mal, foi socorrido e encaminhado a uma unidade saúde de Irajá, mas morreu no dia seguinte.
O crime ocorreu em fevereiro deste ano. O laudo de necropsia apontou como causa da morte a intoxicação exógena por ação química, especialmente pela substância terbufós-sulfóxido, composto altamente tóxico presente em inseticidas e produtos agrícolas.
A apuração identificou que o casal tinha uma relação conturbada, marcada por brigas e episódios de ciúmes. Além disso, Iris teria feito pesquisas na internet sobre o veneno, na véspera dos fatos, o que comprova que planejou o crime com antecedência.
Com os elementos colhidos, a DHC pediu a prisão da mulher, decretada nesta quarta-feira (22) pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 4ª Vara Criminal da Capital, do Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ). A magistrada também aceitou a denúncia contra Iris e a tornou ré por homicídio qualificado.
“A acusada teria agido de forma premeditada e covarde, insistindo para que a vítima ingerisse a substância letal, além de passar instruções repetidamente para que agitasse a bebida contaminada antes de ingeri-la. Ademais, há risco à instrução processual, vez que diversas testemunhas arroladas são colegas de trabalho da ré ou parentes da vítima, o que pode ensejar constrangimentos e comprometer a colheita da prova oral”, escreveu Roidis na justificativa da decisão.
Ambos trabalhavam na gerência de Irajá, na Zona Norte. Procurada, a Comlurb informou que aguarda as investigações e destacou que, caso seja comprovado o envolvimento da funcionária no crime, tomará as medidas cabíveis.





