Por: Lucas de Azevedo
Na última quinta-feira, 13, em Belém, o Ministério da Saúde do Brasil lançou dentro da COP 30, o Plano de Ação em Saúde de Belém, o primeiro plano internacional voltado para a adaptação climática na área da saúde. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em entrevista exclusiva à CNN, na última quarta-feira, 12, destacou a importância do plano para enfrentar os impactos das mudanças climáticas, citando a destruição de unidades de saúde causada por um ciclone recente no Rio Bonito do Iguaçu como exemplo da necessidade de infraestrutura resiliente.
O plano também prevê a adaptação dos serviços de saúde às realidades locais, como o uso de barcos hospitais na região amazônica, que ajudam a garantir atendimento durante períodos de seca e dificuldades de transporte.
Padilha afirmou ainda que o impacto das mudanças climáticas é desigual, afetando de forma mais intensa as populações vulneráveis e regiões com maior evidência da necessidade de ação. O documento será apresentado durante a Reunião Ministerial de Clima e Saúde na COP30, com o objetivo de captar recursos internacionais para apoiar os países a implementarem suas adaptações.
O plano se estrutura em três bases principais: vigilância e monitoramento compatíveis com as vulnerabilidades locais; políticas e estratégias baseadas em evidências científicas com enfoque em justiça climática e participação social; e inovação, que inclui pesquisa, desenvolvimento tecnológico e saúde digital para atender a todas as populações.
A iniciativa brasileira ocorre em um momento crítico, diante do aumento de eventos climáticos extremos e seus efeitos sobre a saúde pública, como aumento da proliferação de doenças e mortalidade por calor extremo.
O plano reforça a posição do Brasil como líder na discussão internacional ao colocar o Sistema Único de Saúde (SUS) no centro das ações para adaptação climática na saúde pública mundial. O lançamento e debates na COP30 refletem a prioridade dada pelo país para que governos e políticas públicas atuem com urgência na mitigação desses impactos, buscando uma transição justa e efetiva para as futuras gerações.





