Por: Lucas de Azevedo
Celso Amorim, assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, declarou que o Brasil não pressionará o presidente venezuelano Nicolás Maduro a renunciar ou abdicar do poder. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, na última segunda-feira, (8). Amorim enfatizou:
“Se Maduro chegar à conclusão de que deixar o poder é a melhor coisa para ele e para a Venezuela, será uma conclusão dele. O Brasil jamais imporá isso; jamais dirá que isso é uma exigência… Não vamos pressionar para que Maduro renuncie ou abdique”.
Amorim alertou para os riscos de uma intervenção militar dos Estados Unidos na Venezuela, comparando o cenário potencial a uma guerra no Vietnã na América do Sul. Na mesma entrevista ao The Guardian, o diplomata afirmou:
“A última coisa que queremos é que a América do Sul se torne uma zona de guerra – e uma zona de guerra que inevitavelmente não seria apenas uma guerra entre os EUA e a Venezuela”. Ele criticou o fechamento do espaço aéreo venezuelano por Donald Trump como “um ato de guerra”.
As declarações de Amorim ocorrem em meio a tensões crescentes na região, com mobilização militar americana no Caribe, incluindo porta-aviões e caças F-35. O assessor destacou que o continente resiste a invasores estrangeiros e que eleições questionáveis não justificam intervenções.





