Por: Lucas de Azevedo
Dois caças F-18 da Marinha dos Estados Unidos sobrevoaram o Golfo da Venezuela por mais de 30 minutos na última terça-feira (9), marcando o voo de aviões de guerra americanos mais próximo do espaço aéreo venezuelano desde o início da escalada sob o governo Trump, conforme monitorado por sites como FlightRadar24 e reportado pela Associated Press (AP).
Um funcionário anônimo do Departamento de Defesa dos EUA descreveu a ação, em entrevista à AP no mesmo dia, como “um voo de treinamento rotineiro” para demonstrar o alcance operacional das aeronaves no Caribe, enfatizando que elas permaneceram em espaço aéreo internacional e sem caráter provocativo, embora não tenha confirmado se estavam armados.
Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, reagiu em pronunciamento recente afirmando que as operações americanas visam forçá-lo a deixar o cargo, enquanto o cientista político Maurício Santoro, doutor pelo IUPERJ e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil, alertou que o acúmulo militar dos EUA no Caribe assemelha-se à preparação para intervenção vista no caso do Irã, indicando que “eles estão falando sério”.
Esse episódio agrava a presença militar inédita dos EUA na região, com bombardeiros B-52 e B-1 já enviados anteriormente, em meio a ataques contra supostas embarcações ligadas ao tráfico de drogas controlado pelo regime de Maduro.





