Por: Lucas de Azevedo
O Cazaquistão pediu formalmente à Ucrânia, no último domingo, 30 de novembro, que cesse os ataques ao terminal do Consórcio do Oleoduto do Cáspio (CPC) após a interrupção nas exportações de petróleo, essenciais para a economia cazaque. O consórcio, responsável por cerca de 80% das exportações de petróleo do país via Rússia, teve suas operações suspensas após um ataque com barcos não tripulados danificar significativamente um dos pontos de amarração do terminal marítimo no Mar Negro.
O Ministério da Energia do Cazaquistão declarou que o ataque é inaceitável e que o governo está tomando medidas urgentes para redirecionar as exportações por rotas alternativas, minimizando impactos econômicos.
Um porta-voz do Ministério da Energia do Cazaquistão afirmou: “Vemos este ataque como um ato deliberado que prejudica as relações bilaterais entre o Cazaquistão e a Ucrânia, e esperamos que a parte ucraniana tome medidas eficazes para impedir incidentes semelhantes no futuro.”
A empresa responsável pelo terminal declarou que o carregamento e outras operações foram suspendidas até que as ameaças de barcos e drones não tripulados sejam eliminadas, e que todos os navios foram retirados da área por questões de segurança.
O terminal da CPC, usado para exportar petróleo dos maiores campos do Cazaquistão e produção russa, tem sido alvo de ataques recorrentes que ameaçam a segurança energética global. As petroleiras americanas Chevron e Exxon Mobil, a estatal cazaque KazMunayGas, e a operadora russa Transneft são acionistas do consórcio.
O Cazaquistão anunciou que está monitorando a situação com atenção especial e que as operações serão retomadas assim que as ameaças cessarem.





