Por: Lucas de Azevedo
Em meio ao cenário de aumento da criminalidade e da preocupação popular com a imigração, o Chile realiza neste domingo, 16, o primeiro turno das eleições presidenciais 2026 sob forte presença militar. O governo mobilizou cerca de 26 mil militares para garantir a segurança nas votações, principalmente nas regiões mais afetadas pela violência e na fronteira com a Bolívia. A segurança pública tornou-se o tema dominante no debate eleitoral, refletindo a crescente preocupação dos chilenos diante do avanço do crime organizado.
A socióloga Lucia Dammert, entrevistada em 15 de novembro de 2025, destacou a complexidade do problema:
“O Chile sofreu um duplo choque, com o aumento da imigração e da criminalidade — choques ainda não superados que marcam profundamente o debate político no país. A violência se adaptou rapidamente, e nem mesmo os criminosos locais estavam preparados para esse novo tipo de ameaça”.
Para conter essa escalada, o governo ampliou o orçamento das polícias, aprovou novas leis e criou forças-tarefa para combater o crime organizado, além de envolver os militares na proteção das fronteiras.
Na avaliação do consultor político Celso Lamounier, durante entrevista à CNN Brasil no sábado,15, o tema da segurança pública foi decisivo para o resultado das eleições. Lamounier apontou que “a criminalidade passou a ser a principal preocupação dos eleitores, e os candidatos que apresentarem soluções eficazes para esse problema tendem a se destacar”.





