China enfrenta profunda crise de corrupção em suas forças armadas

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A China enfrenta uma profunda crise de corrupção em suas forças armadas, intensificada por uma purga liderada pelo presidente Xi Jinping. No último domingo, 30 de novembro, nove altos generais foram expulsos por envolvimento em graves crimes financeiros que comprometem a disciplina do Exército de Libertação Popular (ELP).

Neil Thomas, pesquisador do Instituto de Política da Sociedade Asiática, afirmou em entrevista que essa purga é uma “auto-revolução” de Xi para manter o Partido Comunista “puro, disciplinado e eficiente”, apesar dos efeitos colaterais que tornam o regime mais frágil. A campanha busca garantir lealdade absoluta ao comando central, embora tenha gerado um ambiente mais rígido e cauteloso entre os militares.

A purga impacta especialmente a Força de Foguetes da China, responsável pelo arsenal nuclear, com investigações revelando desvios bilionários e equipamentos falsificados, conforme relatos internos. Em entrevista recente, analistas apontam que a operação serve tanto ao combate à corrupção quanto como instrumento político para eliminar rivais e consolidar o poder de Xi Jinping.

Durante o Quarto Plenário do Comitê Central, realizado recentemente, a ausência de vários oficiais militares reforçou a dimensão da limpeza política em curso no comando militar, reforçando o controle total do presidente.

A expurgação de altos oficiais, conforme o Ministério da Defesa, demonstra o compromisso do partido com um exército limpo e leal, mas analistas alertam que isso pode limitar a iniciativa e a flexibilidade operacional das forças armadas chinesas.

Com a política de Xi Jinping marcada por medidas “de ferro”, o futuro militar da China permanece em um delicado equilíbrio entre poder absoluto e fragilidade institucional.

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