Por: Lucas de Azevedo
Em resposta à tragédia do incêndio no complexo residencial Wang Fuk Court, em Hong Kong, ocorrido em 26 de novembro, que resultou em 151 mortes, a China iniciou uma campanha nacional, para investigar e corrigir os principais riscos de incêndio em edifícios altos. A Comissão de Segurança do Trabalho do Conselho de Estado da China anunciou a ação no dia 29 de novembro, com foco especial em edifícios residenciais e públicos que passaram por reformas recentes, principalmente no uso de materiais combustíveis nas fachadas externas e manutenção dos sistemas de prevenção, como sprinklers e hidrantes.
“Devemos fortalecer de forma abrangente o gerenciamento da segurança contra incêndios de prédios altos para proteger efetivamente a vida e a propriedade das pessoas”, declarou um representante do Ministério de Gerenciamento de Emergências da China.
Moradores e autoridades locais também expressaram preocupação após a tragédia. Harry Cheung, residente no complexo há mais de 40 anos, relatou o momento fatídico: “Ouvi um barulho muito alto por volta das 14h45 e vi o incêndio começar em um bloco próximo.
Voltei imediatamente para arrumar minhas coisas. Nem sei como me sinto agora. Só consigo pensar em onde vou dormir esta noite, porque provavelmente não poderei voltar para casa.” Já a superintendente da polícia de Hong Kong, Eileen Chung, comentou:
“Temos razões para acreditar que os responsáveis da empresa agiram com grave negligência, o que levou a este acidente e fez o fogo se espalhar de forma incontrolável, resultando em muitas vítimas”. Até o momento, 13 pessoas foram presas, sob suspeita de homicídio culposo relacionado ao incêndio.
A tragédia também despertou atenção para os perigos dos materiais usados nas reformas, como andaimes de bambu e redes de náilon inflamáveis. A beira dos prédios estava coberta por redes de proteção e lonas impermeáveis que não atendiam aos padrões de segurança contra incêndio, segundo investigações preliminares.





