Por reuters
O ex-chefe do tráfico mexicano Ismael “El Mayo” Zambada admitiu em um tribunal dos EUA nesta segunda-feira (25) ter ordenado assassinatos e enviado milhões de quilos de cocaína durante suas décadas de liderança no violento cartel de Sinaloa.
Zambada, 75, enfrenta uma sentença de prisão perpétua após se declarar culpado em um tribunal federal no Brooklyn pelas acusações de envolvimento em uma conspiração de extorsão e de dirigir uma empresa criminosa contínua que, segundo os promotores, era responsável por inundar os EUA com cocaína, heroína e fentanil.
Essas acusações decorreram de seu papel de décadas liderando o cartel de Sinaloa ao lado do traficante Joaquin “El Chapo” Guzman, que está cumprindo pena de prisão perpétua em uma prisão de segurança máxima no Colorado.
“Eles assassinaram brutalmente várias pessoas e inundaram nosso país com drogas”, disse a Procuradora-Geral Pam Bondi aos repórteres. “Seu reinado de terror acabou. Ele nunca mais andará livre.”
Zambada concordou em se declarar culpado depois que o Departamento de Justiça disse neste mês que não buscaria a pena de morte para ele.
Falando suavemente com um intérprete de espanhol, Zambada relatou uma vida de crime que, segundo ele, começou quando ele plantou uma planta de maconha em 1969, aos 19 anos.
Ele afirmou que o cartel de Sinaloa, sob sua liderança, transportava mais de 1,5 milhão de quilos de cocaína, arrecadando centenas de milhões de dólares por ano. Zambada afirmou que o cartel subornava políticos e policiais mexicanos para proteger suas drogas e que ordenava que homens armados sob seu comando assassinassem rivais.
O México enviou mais de duas dúzias de suspeitos de integrar cartéis para os EUA neste mês, enquanto o presidente Donald Trump aumenta a pressão sobre o México para desmantelar as poderosas organizações de tráfico de drogas do país. O México afirmou ter recebido garantias do Departamento de Justiça de que não buscará a pena de morte para eles.