Por AFP
Autoridades internacionais desarticularam uma rede de “escravidão” sexual e resgataram cerca de 50 mulheres enviadas da Colômbia para vários países da Europa, anunciou a polícia colombiana nesta segunda-feira (8). As imigrantes colombianas são vítimas frequentes de redes de exploração sexual europeias com conexões no país sul-americano, onde geralmente são convencidas a viajar com ofertas de trabalho falsas.
Na operação conjunta, foram capturadas cinco pessoas na Colômbia e duas na Espanha. A quadrilha era formada por “sete colombianos, dois austríacos, um romeno, um uruguaio e um turco”, identificado como seu líder e fugitivo internacional, informou em coletiva de imprensa o coronel Carlos Triana, diretor da polícia colombiana.
A operação resultou em “mais de 45 vítimas resgatadas” na Alemanha, Áustria e Suíça, acrescentou Cristina Checchinato, delegada da Europol.
A investigação teve início em 2024 na Áustria, quando duas mulheres colombianas foram abordadas pelas autoridades locais e “não puderam justificar sua permanência legal no país”. Uma delas apresentou uma denúncia por exploração sexual.
As colombianas eram “captadas por meio de redes sociais e amigos em comum” nas cidades de Bogotá, Medellín e Cartagena, segundo as autoridades do país.
Ao chegar à Europa, o grupo impunha uma dívida extorsiva de cerca de 47 mil dólares (255 mil reais) que elas deveriam pagar com trabalho sexual.
“Muitas delas eram obrigadas a consumir substâncias psicoativas (…) para controlar sua vontade e submetê-las a esse tipo de escravidão moderna”, acrescentou Triana.