Por: Lucas de Azevedo
Na última segunda-feira, 17, o ministro do Meio Ambiente da Alemanha, Carsten Schneider, publicou uma declaração elogiando o Brasil como “um país maravilhoso, com um povo acolhedor e bom anfitrião” e expressou pesar por não poder permanecer mais tempo após a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém.
A declaração foi feita no mesmo dia em que repercutiam as críticas do chanceler alemão, Friedrich Merz, que em discurso na Alemanha no dia 13 de novembro, depreciou a cidade ao dizer que ninguém da comitiva desejava ficar em Belém e que todos ficaram contentes por retornarem à Alemanha.
Carsten Schneider destacou em sua conta no Instagram uma foto pescando na Amazônia, acompanhada do texto em português: “Brasil é um país maravilhoso, com um povo acolhedor e bom anfitrião. Pena que não poderei ficar mais tempo após a COP. Teria algumas ideias, por exemplo, pescar com os meus amigos da Amazônia”.
Schneider ressaltou ainda sua primeira impressão sobre Belém como uma cidade magnífica, com pessoas comprometidas, mas que também enfrenta desafios como pobreza e infraestrutura precária em algumas áreas, um elogio considerado explícito diante das palavras do chanceler Merz.
A fala de Friedrich Merz provocou reações negativas no Brasil, com o prefeito de Belém, Igor Normando, chamando o comentário de “arrogante e preconceituoso”, e o governador do Pará, Helder Barbalho, classificando o discurso como preconceituoso nas redes sociais. Enquanto, do lado alemão, o ministro Schneider buscou acalmar os ânimos, reforçando a importância do diálogo e da valorização do Brasil no contexto da cooperação internacional sobre as mudanças climáticas.





