Por: Lucas de Azevedo
A agência espacial russa Roscosmos removeu, na última quarta-feira, o cosmonauta Oleg Artemyev da missão Crew-12 da SpaceX, prevista para fevereiro de 2026, após alegações de que ele fotografou materiais restritos, como motores e documentos sensíveis, em uma instalação de treinamento em Hawthorne, Califórnia. Artemyev, com três voos espaciais e 560 dias em órbita, foi substituído por Andrey Fedyaev, veterano da Crew-6 em 2023, com a Roscosmos citando apenas “transferência para outro emprego”, sem mencionar a investigação interinstitucional em curso. NASA e SpaceX ainda não comentaram o incidente.
Georgy Trishkin, analista da indústria espacial, declarou ao The Insider que fontes confirmaram o lançamento de uma investigação interinstitucional sobre o episódio, ocorrido durante treinamentos nos EUA. Em entrevista recente ao outlet investigativo, Trishkin afirmou:
“É difícil imaginar um cosmonauta experiente cometendo um erro tão grave de forma não intencional”, questionando a intencionalidade da ação de Artemyev, na última quarta-feira, 3. O incidente destaca tensões em meio à cooperação espacial russo-ocidental, apesar da invasão da Ucrânia.
O caso ocorre em contexto de críticas ao programa espacial russo, que apoia a guerra na Ucrânia, com mais de 1.000 funcionários envolvidos e sistemas de satélite fornecendo inteligência em tempo real, conforme Yuri Borisov em 2024.
Trishkin reforçou em sua fala ao The Insider, na última quarta-feira, 3, a improbabilidade de erro involuntário por um profissional como Artemyev. A missão Crew-12 prossegue sob o programa comercial da NASA, com lançamento não antes de 15 de fevereiro de 2026.
