Crise na Tailândia: Premiê dissolve parlamento e convoca eleições antecipadas

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A primeira-ministra da Tailândia, Paetongtarn Shinawatra, pediu oficialmente a dissolução do Parlamento na última quarta-feira (10), intensificando a instabilidade política no país após meses de tensão judicial e protestos. Em entrevista coletiva no Palácio de Governo em Bangcoc, concedida na mesma data, Paetongtarn declarou:

“Decidi dissolver o Parlamento para permitir que o povo tailandês decida o futuro do país por meio de eleições livres e justas, evitando mais divisões desnecessárias”.

A medida, que deve levar a novos pleitos em até 60 dias, ocorre em meio a acusações de corrupção contra aliados do partido Pheu Thai e pressões do establishment monárquico-militar, ecoando crises passadas como a de 2024, quando seu antecessor Srettha Thavisin foi afastado pelo Tribunal Constitucional.

Analistas e opositores reagiram com ceticismo à manobra. Rangsiman Rome, líder do movimento progressista oposicionista, em entrevista por telefone à Folha de S.Paulo em 11 de dezembro de 2025, criticou duramente:

“Essa dissolução é uma tática desesperada do Pheu Thai para ganhar tempo e manipular o cenário eleitoral, enquanto o judiciário continua a sufocar a democracia”. Já o senador conservador Somchai Sawangkarn, em declaração à agência Reuters no dia 10, defendeu a iniciativa:

“A premiê age com responsabilidade ao submeter-se à vontade popular, mas o rei e as instituições devem garantir que extremistas não ameacem a monarquia”.

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