Por: Lucas de Azevedo – foto: AP Photo/Jacqueline Hernandez
O tufão Kalmaegi devastou, nesta quarta-feira, 5, várias regiões centrais das Filipinas, deixando ao menos 140 mortos e dezenas de desaparecidos, especialmente na província de Cebu, uma das mais afetadas, segundo dados oficiais do governo filipino. O vice-diretor da Defesa Civil, Rafaelito Alejandro, descreveu a situação:
“As grandes cidades foram atingidas pelas cheias, as áreas mais urbanizadas. A água já baixou, nosso desafio agora é remover os escombros que bloqueiam nossas estradas”.
Casas foram soterradas por deslizamentos, e mais de 560 mil pessoas foram desalojadas e levadas a abrigos emergenciais, em um cenário de destruição agravado por eventos anteriores, como o terremoto de magnitude 6,9 que atingiu a região em setembro.
O sofrimento dos moradores é palpável. Eilene Oken, residente na cidade de Talisay, relatou emocionada: “Trabalhamos e economizamos para isso durante anos, e num instante, tudo se foi. Mas sou grata porque minha família saiu ilesa”.
Don del Rosario, que precisou buscar refúgio nos telhados durante a tempestade, destacou a rapidez das enchentes: “A água subiu muito rápido, às 3h da manhã já começava a inundar, e uma hora depois estava fora de controle”. Este tufão reforça a vulnerabilidade das Filipinas, país situado no Círculo de Fogo do Pacífico e no cinturão principal de tufões, que enfrenta em média 20 tempestades por ano.
O presidente Ferdinand Marcos Jr decretou estado de emergência e mobilizou esforços de resgate e assistência à população afetada. Enquanto o tufão segue em direção ao Vietnã, as Filipinas enfrentam o desafio imediato de reconstrução e recuperação em meio à dor e perda generalizadas.





