Por: Lucas de Azevedo
O governo dinamarquês anunciou na última quarta-feira (10), um acordo parlamentar para compensar individualmente mulheres e meninas indígenas da Groenlândia vítimas de uma campanha de controle de natalidade involuntário que durou décadas, entre 1966 e 1991, quando milhares delas, algumas com apenas 13 anos, tiveram dispositivos intrauterinos (DIU) inseridos sem consentimento ou conhecimento, conforme revelado por investigações em 2022.
A primeira-ministra Mette Frederiksen, (foto), declarou em comunicado escrito: “Por muito tempo ignoramos as injustiças cometidas contra elas. Embora não possamos mudar o passado, podemos assumir nossa responsabilidade”, enquanto a parlamentar groenlandesa Aaja Chemnitz celebrou em post no Instagram no mesmo dia:
“Finalmente, as mulheres estão recebendo a compensação que defendemos por muitos anos”; cerca de 4.500 mulheres poderão se candidatar a 300.000 coroas dinamarquesas (aproximadamente R$ 240 mil) a partir de abril de 2026, com pagamentos iniciais no outono, em um fundo de reconciliação que busca reparar danos profundos, incluindo infertilidade e traumas, após Frederiksen ter se desculpado pessoalmente em setembro.





