Equador negocia para receber 300 refugiados por ano dos EUA

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O Equador negocia um novo programa com os Estados Unidos para receber 300 pessoas por ano com status de refugiados naquele país, que não tenham cometido crimes nem possuam problemas de saúde, disse a chanceler equatoriana, Gabriela Sommerfeld, nesta segunda-feira (1º).

Sem entrar em detalhes, a ministra fez o anúncio dois dias antes da chegada a Quito do chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, em um momento em que os governos de ambos os países estreitam laços.

“Será um programa limitado que se destina apenas a refugiados de certas nacionalidades que não tenham nenhum tipo de antecedentes criminais e que possuam certas características como bom estado de saúde”, disse Sommerfeld ao canal Ecuavisa.

Segundo a chanceler, seu país está capacitado para receber cerca de 300 refugiados por ano enviados pelos Estados Unidos, embora tenha especificado que o acordo é diferente do existente com El Salvador. O presidente daquele país, Nayib Bukele, aceitou encarcerar migrantes deportados pelos Estados Unidos em troca de dinheiro.

Sommerfeld também admitiu que “há (a) possibilidade” de que Washington instale uma base militar em território equatoriano. “Estamos trabalhando nisso e esperamos, em um tempo razoável, poder dar boas notícias”, indicou.

Um dos maiores aliados dos Estados Unidos na região, o presidente equatoriano, Daniel Noboa, planeja reformar a Constituição por meio de consulta popular para permitir o estabelecimento de bases militares estrangeiras no país.

“Não necessariamente (deve ser) uma base para assuntos militares, mas sim (uma) base de diferentes tipos de cooperação”, ponderou Sommerfeld.

O ex-presidente equatoriano Rafael Correa (2007-2017) encerrou um acordo com os Estados Unidos para o uso, por uma década, de uma base da Força Aérea Equatoriana em operações antidrogas, que terminou em 2009.








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