Por: Lucas de Azevedo
No referendo realizado no último domingo, 16, os equatorianos deram uma resposta clara ao presidente Daniel Noboa, rejeitando amplamente a reforma constitucional proposta, assim como outras três questões, incluindo a instalação de bases militares estrangeiras no país.
A votação, divulgada pela autoridade eleitoral, revelou uma expressiva vitória do “não”, com uma vantagem que oscilou entre 23 e 6 pontos percentuais, refletindo o descontentamento da população com as propostas do governo.
Como destacou a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Diana Atamaint, apesar da contagem não estar concluída, a tendência nas quatro perguntas era marcadamente contrária às propostas do mandatário.
Analistas políticos destacaram que a rejeição das propostas representou um recado contundente da sociedade equatoriana ao governo. Sofia Cordero, analista política da Universidade Flacso do Equador, enfatizou em entrevista à BBC Mundo que a tentativa de Noboa de “reformar” a constituição, especialmente a parte que eliminaria o Tribunal Constitucional, foi um erro que influenciou negativamente o resultado do plebiscito.
Ela afirmou: “Foi um erro pensar que a violência que o Equador está vivendo foi por causa da Constituição de 2008”, indicando que o problema enfrentado no país é mais complexo e não pode ser resolvido apenas com mudanças constitucionais.





