Por: lucas de Azevedo
Um estudante brasileiro de nove anos, José Lucas, sofreu uma grave agressão na Escola Básica de Fonte Coberta, em Cinfães, Portugal, na última segunda-feira, 10. Dois colegas prenderam a mão do menino na porta do banheiro, o que resultou na amputação parcial de dois dedos da sua mão esquerda. José passou por uma cirurgia de três horas, mas não foi possível reimplantar os dedos, sendo usada parte de um deles para cobrir exposição óssea.
O garoto recebeu alta hospitalar em seguida, mas a mãe, Nívia Estevam, denuncia que a escola minimizou o ocorrido, tratando o episódio como uma “brincadeira”.
Nívia relatou que o filho já havia sofrido diversas outras agressões, como puxões de cabelo, pontapés e marcas no pescoço, além de agressões motivadas por xenofobia e preconceito contra sua cor e condição. Após o incidente, a escola abriu um inquérito e comunicou a polícia portuguesa, e a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens também iniciou investigação, com uma assistente social designada para o caso.
A mãe pretende acionar a Justiça, contando com o auxílio de uma advogada, enquanto questiona a postura da escola que dispensou o episódio como um acidente ou “brincadeira”
Nívia Estevam falou às redes sociais na última quinta-feira 13, denunciando o caso que tem mobilizado investigações e repercussão tanto em Portugal quanto no Brasil. A situação expõe a urgente necessidade de proteção e acolhimento em ambientes escolares para crianças, especialmente migrantes, e o acompanhamento rigoroso para casos de violência entre alunos.
