EUA confirmam novo ataque a embarcação suspeita no Caribe, gerando tensão internacional

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Na madrugada da última quinta-feira, 6, os Estados Unidos realizaram mais um ataque militar contra uma embarcação no Mar do Caribe, acusada pelo governo americano de estar envolvida no tráfico de drogas. O secretário de Guerra dos EUA, Pete Hegseth, confirmou a ação em águas internacionais, afirmando que três pessoas a bordo da embarcação morreram.

Segundo Hegseth, a embarcação era operada por uma “organização terrorista designada”, e o ataque faz parte de uma série de operações que já vitimaram 69 pessoas em pouco mais de um mês. “Os ataques contra narcotraficantes continuarão até que o envenenamento do povo americano cesse”, declarou Hegseth em sua rede social no dia da operação.

A ofensiva dos EUA tem provocado reações acaloradas na região. O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que nega qualquer envolvimento com narcotráfico, acusa os Estados Unidos de orquestrar uma “guerra eterna” com o objetivo de desestabilizar seu governo e apoderar-se das reservas petrolíferas venezuelanas. Já a comunidade internacional, incluindo a Organização das Nações Unidas, tem criticado os ataques.

O alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, qualificou o bombardeio como “execuções extrajudiciais” e pediu o fim dessas ações. “Esses ataques, com seu crescente custo humano, são inaceitáveis. Os Estados Unidos devem cessar essas operações e evitar execuções extrajudiciais independentemente da suposta atividade criminosa”, afirmou em comunicado recente.

O clima de tensão foi tema de debates em canais de notícias, com especialistas e autoridades comentando os desdobramentos da operação. Em entrevista concedida na última sexta-feira, 7, o analista de segurança Eliseu Caetano destacou que a operação dos EUA visa combater o narcotráfico, mas ressalta o risco de agravamento das relações diplomáticas com países vizinhos.

“Essa estratégia, mesmo eficaz em parte, pode fortalecer narrativas nacionais contrárias à presença dos EUA na região,” apontou Caetano.

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