EUA mantêm mão livre de Trump contra Venezuela em escalada militar

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A Câmara dos Representantes dos EUA rejeitou, na última quarta-feira (17), duas resoluções democratas que buscavam limitar os poderes do presidente Donald Trump para ações militares contra cartéis de drogas e a própria Venezuela, em meio a uma campanha que já destruiu 26 embarcações e matou pelo menos 99 pessoas.

Gregory Meeks, principal democrata da Comissão de Assuntos Externos e autor de uma das propostas, argumentou em entrevista ao Euronews que “o presidente Trump está a cobiçar o petróleo venezuelano”, criticando as agressões como motivadas por interesses econômicos e exigindo autorização congressional para qualquer ataque direto ao país sul-americano.

Trump intensificou as ameaças recentes, alertando para possíveis operações terrestres além das marítimas, enquanto republicanos defenderam a continuidade das operações contra o que chamam de “organizações terroristas no Hemisfério Ocidental”.

Do lado venezuelano, o ministro da Defesa Vladimir Padrino López rebateu as declarações de Trump em pronunciamento televisivo no mesmo dia, descrevendo-as como “ilusórias” e “delirantes”, rejeitando categoricamente as acusações de envolvimento com narcotráfico e acusando os EUA de planejar “um suposto bloqueio naval total para confiscar navios que transportam petróleo venezuelano, facto que constitui um ato vulgar de pirataria”.

Padrino López enfatizou que “as acusações feitas são fantasiosas e incoerentes, pois invulgarmente apontam que lhes roubámos petróleo, terras e outros bens”, revelando supostas “intenções perversas” de mudança de regime e roubo de recursos naturais, em resposta à escalada iniciada em agosto com o envio de fuzileiros navais americanos às Caraíbas.

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