Europa reforça pressão sobre a Rússia para garantir futuro da Ucrânia, alerta a presidente da Comissão Europeia

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Na manhã de quarta-feira, 26, durante discurso no Parlamento Europeu em Estrasburgo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou para a necessidade de a Europa manter firme a pressão sobre Moscou. Segundo ela, apesar das tentativas de negociar a paz, “a mentalidade da Rússia não mudou” e o país continua com a intenção de “reescrever mapas permanentemente” e restaurar suas antigas “esferas de influência”. Von der Leyen destacou que, sempre que avanços reais para negociações parecem próximos, a violência aumenta, especialmente contra a população civil ucraniana.

Em relação às negociações recentes conduzidas pelos EUA, a presidente afirmou que o plano de paz apresentado foi bastante modificado para evitar concessões que favorecessem a Rússia e reforçou que a Europa deve ter voz ativa:

“Nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia, nada sobre a Europa sem a Europa, nada sobre a OTAN sem a OTAN”.

Ela se posicionou contra a limitação do tamanho das forças armadas ucranianas e defendeu garantias de segurança robustas para impedir futuras invasões. Moscou, no entanto, rejeitou a ideia de uma força multinacional a ser implantada em território ucraniano após o conflito.

Von der Leyen também ressaltou a importância de garantir recursos financeiros para a Ucrânia, estimados em 135 bilhões de euros para os próximos dois anos. Entre as opções apresentadas para suprir essa necessidade estão contribuições bilaterais, empréstimos comuns da UE e um “empréstimo de reparações” baseado em ativos congelados do Banco Central Russo, avaliados em cerca de 210 bilhões de euros.

Ela enfatizou que não acredita que apenas os contribuintes europeus devam arcar com os custos e espera que a União possa avançar com uma decisão em sua próxima reunião, marcada para 18 de dezembro.

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