Por: Lucas de Azevedo
O deputado Jean-Philippe Tanguy, do partido Rassemblement National (RN), defendeu em entrevista ao jornal Le Monde e à rádio RTL, na última terça-feira (9), a reabertura de bordéis na França como cooperativas administradas diretamente por trabalhadoras do sexo, proibidos desde 1946, argumentando que a atual legislação, incluindo a lei de 2016 que multa clientes em até 1.500 euros, precarizou e perigou a vida dessas profissionais ao empurrá-las para a clandestinidade, onde sofrem espancamentos e até assassinatos sem visibilidade pública.
Tanguy destacou que “as trabalhadoras do sexo seriam imperatrizes no seu reino” e que Marine Le Pen apoia o projeto de lei, criticando o “sistema atual como o cúmulo da hipocrisia burguesa”.
Apesar disso, associações como a Amicale du Nid, por meio de Delphine Jarraud, rejeitaram a ideia ao Le Monde, afirmando que “recrir lugares onde seres humanos são encarcerados apenas para satisfazer necessidades sexuais de homens é inimaginável”, especialmente considerando a oposição à imigração do RN e o fato de que a maioria das sex workers na França são estrangeiras.


