Por: Lucas de Azevedo
A Ford Motor anunciou na última segunda-feira (15), um prejuízo contábil de US$ 19,5 bilhões e o cancelamento de vários modelos elétricos, como o F-150 Lightning totalmente elétrico, que será substituído por uma versão de alcance estendido com motor a gasolina para recarga, além da próxima geração de picape elétrica T3 e vans comerciais elétricas planejadas.
Essa decisão drástica reflete a retração da indústria automotiva de veículos movidos a bateria, impulsionada pelas políticas da administração Trump, que eliminaram incentivos federais para EVs e relaxaram regras de emissões de escapamento, combinadas a uma demanda enfraquecida por elétricos após investimentos bilionários no setor no início da década.
A companhia, sediada em Dearborn, Michigan, planeja redirecionar fábricas, como converter o centro de EVs no Tennessee em planta de picapes híbridas e a gás a partir de 2029, visando elevar a fatia global de híbridos, EVs de alcance estendido e puros para 50% até 2030, ante 17% atual, com contratações futuras apesar de demissões em joint venture de baterias no Kentucky.
Essa guinada da Ford sinaliza uma tendência ampla na indústria, priorizando veículos acessíveis a gasolina e híbridos menores para recuperar lucratividade em meio ao excesso de baterias e queda nas vendas de EVs nos EUA.





