Por: Lucas de Azevedo
Autoridades francesas correm contra o tempo para conter o avanço da doença nodosa do gado bovino (LSD), uma infecção viral transmitida por insetos que causa lesões na pele, reduz a produção de leite e ameaça mercados de exportação, gerando perdas econômicas significativas para os produtores, sem risco para humanos.
Essa uma enfermidade viral altamente contagiosa que afeta bovinos, caracterizada pelo aparecimento de nódulos na pele. A doença é causada por um vírus e pode levar a grandes prejuízos econômicos na pecuária devido à perda de produção de leite e carne, danos ao couro e, em casos graves, a morte dos animais.
O Ministério da Agricultura registrou 109 surtos em todo o país neste mês, com foco no sudoeste, levando a uma política rígida de abate de rebanhos inteiros ao detectar um único caso, aliada a restrições de movimento e vacinação. A ministra da Agricultura, Annie Genevard, alertou em entrevista na última sexta-feira (12):
“Essa doença deve ser erradicada; caso contrário, poderia causar a morte de 10% do rebanho francês”, destacando a urgência para evitar perdas catastróficas. Enquanto isso, o presidente da principal união de fazendeiros FNSEA, Arnaud Rousseau, defendeu a estratégia governamental em vídeo postado no X na mesma data, enfatizando: “É preciso conter o vírus rapidamente para evitar restrições adicionais que afetem os preços de carne e laticínios”.
Sindicato Rural Coordination criticou a medida como desproporcional e ineficaz, enquanto a Confederação de Fazendeiros convocou greves nacionais a partir de sexta-feira, intensificando confrontos com polícia em Ariège, onde o abate de um rebanho de 200 vacas ocorreu após intervenção policial para dispersar centenas de manifestantes na última quinta-feira (11).
A região Occitanie anunciou fundo emergencial de €300 mil para afetados, conforme postagem da presidente Carole Delga no X. Autoridades apontam movimentos ilegais de animais como fator de propagação, ampliando zonas reguladas em seis departamentos no sudoeste.





