França repatria tesouro pré-histórico: fósseis de Tarbosaurus Bataar voltam à Mongólia

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A França devolveu na última segunda-feira (8), à Mongólia, um impressionante conjunto de fósseis de dinossauros contrabandeados do deserto de Gobi, incluindo um esqueleto parcial do Tarbosaurus bataar, um predador carnívoro de até 13 metros de comprimento com cerca de 70 milhões de anos, apreendido em 2015 pela alfândega do Havre junto a cerca de 30 peças como ovos de Oviraptor, vértebras, fêmures e garras.

O paleontólogo Ronan Allain, professor do Museu Nacional de História Natural, explicou que “esses fósseis vinham para a França provavelmente para serem preparados e montados”, destacando que “há uma parte do esqueleto que ainda estava em sua carcaça de gesso, feita no campo para poder retirar os espécimes sem quebrá-los”, e alertou que o valor do exemplar, inicialmente estimado em €700 mil, pode triplicar ou quadruplicar após preparação, alcançando milhões de euros no mercado negro. Orgulhosa, a ministra mongol da Cultura, Esportes, Turismo e Juventude, Undram Chinbat, declarou à AFP:

“Estou realmente orgulhosa e agradecida a todas as pessoas que contribuíram para combater esse tráfico ilegal. É muito importante ver retornarem ao nosso país esses fósseis de dinossauros, é nosso patrimônio cultural”, anunciando que as peças serão exibidas no novo Museu de Ciências Naturais que abre em 2026; Sébastien Tiran, diretor da DNRED, complementou à AFP que no tráfico de fósseis:

“Há um pouco de todos os perfis”, mas “muitas pessoas são devoradas pela paixão e acabam se deixando levar, praticando atividades de saque ou contribuindo ao comprar fora dos circuitos legais”.

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