Hungria redireciona verba da UE para o Líbano e reafirma posição contra armar Ucrânia

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O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, (foto,) anunciou na última sexta-feira, 14, que os 1,5 milhão de euros destinados ao Mecanismo Europeu de Paz serão redirecionados das Forças Armadas da Ucrânia para as Forças Armadas do Líbano.

Em reunião com o chanceler libanês, Szijjarto ressaltou que a prioridade de Budapeste é a estabilidade no Oriente Médio, não o financiamento da guerra na Ucrânia.

“Não usaremos nossa parte do Fundo Europeu para a Paz para armar a Ucrânia”, afirmou, destacando a importância de apoiar a paz na região do Líbano.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, líder firme contra o envio de ajuda militar a Kiev, reforçou em declarações anteriores sua posição contra a adesão da Ucrânia à União Europeia, com o argumento de que isso poderia arrastar a Hungria para um conflito direto com a Rússia.

“A Ucrânia é um país com um destino muito difícil. Por que deveríamos compartilhar esse destino? Não queremos morrer pela Ucrânia”, declarou Orbán em entrevista cedida no mês passado.

Ele também rejeitou os planos da UE de apoio militar e financeiro contínuo a Kiev, classificando essa estratégia como uma ilusão baseada na expectativa equivocada do colapso da economia russa.

A postura húngara destaca um conflito interno na União Europeia, onde o Conselho Europeu tenta avançar nas negociações para a entrada da Ucrânia, enquanto Budapeste mantém a resistência.

A tensão é visível no posicionamento de Orbán, que vê a estabilidade do Oriente Médio como interesse de segurança nacional e prefere destinar os fundos europeus para essa finalidade, recusando-se a armar Kiev.

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