Israel impõe prisão odomiciliar à ex-procuradora que divulgou vídeo controverso de tortura

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Em entrevista concedida nesta sexta-feira, 7, Yifat Tomer-Yerushalmi, ex-procuradora-geral do Exército de Israel, falou sobre sua decisão de vazar um vídeo que mostrava suposta tortura de um detento palestino por soldados israelenses na prisão militar de Sde Teiman.

Segundo Yifat, o objetivo da divulgação era defender a credibilidade do departamento jurídico militar, que vinha sendo atacado politicamente. Ela ressaltou a importância de investigar qualquer suspeita de violência contra detidos, mesmo que sejam considerados terroristas pelos militares. Yifat foi presa no início de novembro e depois colocada em prisão domiciliar por um tribunal israelense, sob restrições severas para se comunicar com envolvidos no caso.

Autoridades militares israelenses, que estavam investigando o caso desde o episódio ocorrido em julho de 2024, informaram que cinco reservistas envolvidos teriam infligido graves ferimentos ao detento, incluindo costelas quebradas e perfuração no pulmão.

O vazamento do vídeo gerou reações intensas, especialmente de grupos de extrema direita em Israel, que manifestaram contra a investigação e chegaram a invadir bases militares. Apesar da polêmica, a ex-procuradora defendeu que a justiça deve prevalecer e condenou qualquer ação violenta contra detentos, enfatizando o papel da transparência para combater a desinformação política no país.

Ela permanece proibida de sair de casa sem aviso prévio e de contatar outras pessoas relacionadas ao caso por cerca de 55 dias.

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