Por Reuters
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, disse aos marinheiros e fuzileiros navais em um navio de guerra ao largo de Porto Rico, nesta segunda-feira (8), que eles não foram enviados ao Caribe para treinamento, mas sim para a “linha de frente” de uma missão crítica de combate ao narcotráfico.
Os comentários de Hegseth foram feitos durante uma visita surpresa, juntamente com o principal general dos EUA, a Porto Rico, em meio à escalada das tensões com a Venezuela, que o governo do presidente dos EUA, Donald Trump, acusa de traficar narcóticos para os Estados Unidos. Caracas nega essas alegações.
“O que vocês estão fazendo agora não é treinamento”, disse Hegseth a bordo do navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima, em vídeo publicado pelo Pentágono no X.
“Este é o exercício do mundo real em nome dos interesses nacionais vitais dos Estados Unidos da América para acabar com o envenenamento do povo norte-americano.”
Trump ordenou que o Departamento de Defesa seja renomeado como Departamento de Guerra, uma mudança que exigirá ação do Congresso. O novo nome também se aplicaria a Hegseth, alterando seu título para “secretário de Guerra”.
O USS Iwo Jima estava posicionado na costa de Porto Rico, um território dos EUA localizado ao norte da Venezuela, no Caribe, onde Hegseth e o chefe do Estado-Maior Conjunto, Dan Caine, estiveram mais cedo.
A governadora de Porto Rico, Jenniffer González, os cumprimentou quando chegaram à ilha.
“Agradecemos ao presidente Trump e seu governo por reconhecerem o valor estratégico que Porto Rico tem para a segurança nacional dos Estados Unidos e a luta contra os cartéis de drogas em nosso hemisfério, perpetuados pelo narcoditador Nicolás Maduro”, escreveu González, uma republicana, no X.
O governo Trump ordenou o envio de 10 caças F-35 para um campo de pouso em Porto Rico para realizar operações contra cartéis de drogas, disseram fontes à Reuters na sexta-feira.
Esse destacamento se soma a uma presença militar dos EUA já bastante intensa no sul do Caribe, que, segundo o governo Trump, cumpre uma promessa de campanha de reprimir os grupos que canalizam drogas para os Estados Unidos.
Na semana passada, um ataque militar dos EUA no Caribe matou 11 pessoas e afundou uma embarcação da Venezuela que, segundo Trump, estava transportando drogas ilegais.