Kast propõe corredor humanitário para devolver imigrantes ao Chile

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José Antonio Kast, presidente eleito do Chile após vitória no segundo turno das eleições, no último domingo, (14), defendeu a criação de um “corredor humanitário de devolução” para imigrantes em situação irregular, especialmente venezuelanos, durante entrevista em Buenos Aires na última terça-feira, (16), logo após reunião com o presidente argentino Javier Milei.

Ele estimou que mais de 300 mil estrangeiros vivem irregularmente no país, pressionando serviços como saúde, educação e moradia, e criticou entradas “pela janela, e não pela porta”, prometendo um “escudo fronteiriço” com muro na Bolívia, trincheira e 3 mil militares para conter fluxos. Kast moderou o tom em relação a deportações em massa, afirmando em campanha: “Existem diversas formas de convidar as pessoas a sair, mas quem irá pagar? Eu não vou”, e apelou por saídas voluntárias em 133 dias, com aviões fretados financiados pelos próprios migrantes.

A proposta gerou reações imediatas, como o alerta do presidente venezuelano Nicolás Maduro, que na última segunda-feira (15), convidou compatriotas a retornarem via programa Vuelta a la Patria e advertiu Kast: “Não mexa com um venezuelano”, acusando-o de nazifascismo. Kast rebateu Maduro no mesmo dia, declarando: “Eu quero que termine a ditadura na Venezuela.

Não pode ser que mais de 8 milhões tenham sido obrigados a sair do país, por fome, por perigo, e isso tem que terminar”. Sua visão endurece políticas de imigração, tornando-a crime e negando benefícios estatais a irregulares, alinhada ao discurso de “governo de emergência” contra criminalidade.

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