Líderes do G20 se reúnem na África do Sul e adotam declaração climática sem participação dos EUA

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No último sábado, 22, líderes das 20 maiores economias mundiais se encontraram em Joanesburgo, África do Sul, para a cúpula do G20, apesar do boicote dos Estados Unidos. A principal discussão girou em torno de uma declaração consensual que destaca a emergência climática, preparada sem o aporte dos EUA, o que motivou um representante da Casa Branca a qualificar a situação como “vergonhosa”.

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa ressaltou que houve um “consenso esmagador” entre os membros sobre o conteúdo da declaração, que aborda mudanças climáticas, adaptação a desastres naturais, transição para energias renováveis e alívio da dívida dos países mais pobres.

Durante a entrevista concedida no dia da cúpula, Ramaphosa enfatizou a importância da solidariedade e do multilateralismo, dizendo que “um dos nossos principais compromissos deve ser a adoção desta declaração que reflete os desejos de todos os países envolvidos”.

Um alto funcionário da Casa Branca, por sua vez, criticou a falta de participação dos EUA na formulação da declaração, chamando a ausência de diálogo de “vergonhosa”. Segundo ele, os EUA tinham objeções específicas contra menções ao clima e energias renováveis, tópicos centrais do documento criado pelos demais membros.

A cúpula do G20 em 2025 marcou um momento de tensão diplomática, mas também de avanço na cooperação global sobre as mudanças climáticas, com a África do Sul assumindo papel de liderança.

Destacaram-se agendas focadas na preparação para eventos climáticos extremos, financiamento da transição energética sustentável e garantia de que a exploração de minerais críticos beneficie os países produtores. Apesar do boicote americano, o encontro demonstrou a capacidade dos países restantes de avançar em pautas fundamentais para o futuro do planeta.

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