Por: Lucas de Azevedo
O presidente francês Emmanuel Macron anunciou uma reunião crucial em Londres nesta segunda-feira (8), com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o chanceler alemão Friedrich Merz, para discutir as negociações de mediação norte-americana visando o fim do conflito na Ucrânia. Macron declarou no sábado (6):
“Devemos continuar a pressionar a Rússia para forçá-la a fazer a paz”, condenando os ataques russos e reafirmando o apoio inabalável a Kiev. A data da entrevista de Macron coincide com o terceiro dia de conversas entre negociadores ucranianos e americanos perto de Miami.
Zelensky, em declaração nas redes sociais, também no sábado (6), descreveu uma conversa telefônica “substancial e construtiva” com os enviados americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, afirmando: “A Ucrânia está determinada a continuar trabalhando honestamente com os Estados Unidos para estabelecer uma paz verdadeira”.
Ele destacou questões-chave para garantir o fim do derramamento de sangue e o risco de não cumprimento russo das promessas, aguardando relatório detalhado de seus negociadores Rustem Umerov e Andriy Hnatov. Essa fala reflete a urgência ucraniana em avançar nas discussões iniciadas há semanas.
A Alta Representante da UE para Relações Exteriores, Kaja Kallas, alertou no sábado (6) contra restrições à Ucrânia nas negociações, declarando: “Impor restrições e constrangimentos à Ucrânia não nos trará paz duradoura” e “Se a agressão for recompensada, ela se repetirá”.
A UE, ausente das conversas bilaterais EUA-Ucrânia, enfatiza garantias para a independência e soberania de Kiev. Líderes reunidos em Londres buscam coordenar uma resposta europeia unificada.