Por: Lucas de Azevedo
Durante um discurso transmitido pela TV estatal venezuelana, neste domingo, 2, o presidente Nicolás Maduro reagiu às críticas que o acusam de ser um ditador, usando ironia para se defender. Ele afirmou:
“Como eu posso ser um ditador se não fui formado na Escola das Américas e nem em Harvard? Não fui formado em Langley, West Point. Fui formado nos colégios de Caracas, nos bairros de El Valle, 23 de Enero, Catia, Propatria, El Cementerio”.
Com essa fala, Maduro insinuou que os ditadores da América Latina teriam sido “formados” em instituições militares dos Estados Unidos enquanto se posiciona como um líder nascido da base popular venezuelana.
O líder venezuelano buscou afastar as críticas sobre a legitimidade de sua reeleição, destacando que acusações de fraude eleitoral vêm da comunidade internacional, especialmente dos Estados Unidos, a quem atribui a fama de “formar” políticos autoritários na região.
Maduro questionou a narrativa contrária ao seu governo, procurando enfatizar suas origens simples e sua conexão com os bairros populares de Caracas, minimizando assim as acusações externas e afirmando sua legitimidade popular.
Além das controvérsias eleitorais, Maduro também enfrenta acusações diretas do governo norte-americano, que o classificou como líder do Cartel de Los Soles, uma organização ligada ao tráfico internacional de drogas.
Os EUA chegaram a reclassificar o cartel como organização terrorista, oferecendo recompensas pela prisão de Maduro e promovendo ações militares no Caribe com o objetivo de removê-lo do poder. Apesar disso, Maduro mantém sua retórica focada em sua identidade popular e rejeição às críticas externas.


