Por: Lucas de Azevedo – foto: getty images
O Senado do México aprovou na quarta-feira (10), aumentos de tarifas de até 50% sobre importações de mais de 1.400 produtos da China e outros países asiáticos sem acordos de livre comércio, com 76 votos a favor, 5 contra e 35 abstenções, visando impulsionar a indústria local apesar de críticas de empresários e governos afetados.
O senador oposicionista Mario Vazquez, do partido PAN, declarou: “De um lado, protege setores locais prejudicados por produtos chineses e salva empregos, mas do outro, é um imposto extra que o consumidor paga, indo para o governo; precisamos de transparência sobre o uso desses recursos, idealmente para fortalecer cadeias produtivas nacionais”.
Já o senador Emmanuel Reyes, do partido governista Morena e presidente da Comissão de Economia do Senado, defendeu em declaração na mesma “Essas mudanças vão elevar a presença de produtos mexicanos nas cadeias globais e proteger empregos em setores vitais; não é só arrecadação, mas uma estratégia para políticas econômicas em benefício do bem-estar geral”.
A medida, menos rigorosa que uma proposta anterior barrada na Câmara baixa, pode gerar US$ 3,76 bilhões extras em 2026 e atende pressões dos EUA antes da revisão do USMCA, embora o setor automotivo tema falta de componentes importados.
