Por: Lucas de Azevedo
No sábado, 29 de novembro, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu formalizou um pedido de indulto ao presidente do país, Isaac Herzog, no contexto de seu prolongado julgamento por corrupção. Em comunicado oficial, o gabinete de Netanyahu destacou que o pedido é descrito como “extraordinário” e carrega “implicações significativas”.
O premiê não admitiu culpa, reconhecendo apenas uma “ampla responsabilidade pública e ética” pela tensão gerada durante o processo. Netanyahu é o primeiro líder israelense em funções a ser julgado por acusações que incluem fraude, quebra de confiança e suborno em três casos diferentes envolvendo supostas trocas de favores políticos com empresários ricos.
O processo judicial contra Netanyahu, que se estende desde 2019, tem mobilizado a atenção internacional e interna, combinando-se com tensões políticas e sociais em Israel. O presidente dos EUA, Donald Trump, também demonstrou apoio público, pedindo a Herzog que conceda o perdão total ao primeiro-ministro, descrevendo-o como “formidável e decisivo durante a guerra”.
Entretanto, a oposição israelense destaca que a lei local exige a confissão de culpa como condição para qualquer indulto, uma posição reforçada por lideranças como Yair Lapid, que sublinhou a necessidade de arrependimento para a concessão do perdão.
O caso permanece emblemático, pois Netanyahu enfrenta uma série de acusações graves, enquanto busca neutralizar o processo judicial para continuar na liderança do país. A audiência e a resposta do presidente israelense serão observadas atentamente nas próximas semanas, influenciando diretamente o cenário político israelense e sua estabilidade.





