ONU exige medidas urgentes para corrigir falhas de segurança e estrutura na COP30 em Belém

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Durante a COP30 realizada em Belém, a ONU enviou uma carta ao governo brasileiro destacando graves falhas de segurança e problemas estruturais que comprometeram o evento. Na carta, o secretário-executivo Simon Stiell relatou um episódio de tentativa de invasão no pavilhão, que resultou em feridos e evidenciou brechas sérias no controle da conferência, como efetivo policial insuficiente e ausência de resposta rápida das forças de segurança. Além disso, a ONU mencionou falhas na infraestrutura, como o calor excessivo, problemas de climatização e infiltrações provocadas pelas chuvas, que afetaram as condições de trabalho das delegações na manhã da última quarta-feira, 12.

Em resposta, a Casa Civil da Presidência afirmou que todas as solicitações da ONU estão sendo atendidas e que houve intensificação nas medidas de segurança, incluindo a ampliação do efetivo policial e instalação de barreiras adicionais para reforçar os perímetros de proteção do evento. Também foram instalados novos aparelhos de ar-condicionado para melhorar o conforto térmico, e os reparos necessários foram realizados para solucionar as infiltrações causadas pelo rompimento de calhas.

A Casa Civil ressaltou ainda que as questões operacionais são tratadas diariamente em conjunto com a UNFCCC para uma correção contínua dos problemas, conforme informado em coletiva realizada também na última quarta-feira, 12.

O protesto que desencadeou a atenção da ONU aconteceu por volta das 19h20 do dia 11 de novembro, quando um grupo de cerca de 150 ativistas, alguns vestidos com trajes indígenas, tentou invadir a zona restrita do evento, entrando em confronto com a segurança da COP30.

O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, afirmou que os protocolos de segurança da ONU estavam em vigor para garantir a segurança dos participantes e que as autoridades federais e da ONU continuam investigando o caso para preventivamente ajustar as medidas. Apesar do incidente, as negociações da conferência prosseguem normalmente, com plena segurança, conforme declarado pelo porta-voz da ONU para Mudanças Climáticas.

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