Operação anual da Marinha com presença dos EUA é cancelada para blindar parceria militar de crise política

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A decisão de cancelar a Operação Formosa deste ano foi tomada em conjunto pela Marinha e o Ministério da Defesa (MD) para “blindar a área militar da crise político-ideológica” vivida pelo país com os Estados Unidos, segundo uma fonte do alto escalão da força a par do assunto, que falou ao GLOBO com exclusividade sob condição de anonimato. Embora o fator orçamentário tenha sido determinante, o contexto de elevada tensão geopolítica com a Casa Branca não foi ignorado.

“A orientação foi para que evitássemos agravar mais [o cenário atual] e buscar preservar o relacionamento das Forças Armadas do Brasil [com as dos EUA], que é importantíssimo, tanto para Marinha, quanto para Exército e Aeronáutica”, disse a fonte, segundo a qual, a presença de tropas americanas em território nacional estaria causando “um forte desconforto ao governo brasileiro”.

O martelo foi batido nesta quarta-feira, 20, como antecipado pela CNN, depois de uma discussão que se estendeu por cerca de uma semana, logo após a China sinalizar que não participaria da Operação Formosa, realizada no Planalto Central, alegando problemas administrativos. A negativa de Pequim então abriu espaço para os Estados Unidos reconsiderarem o envio de militares, acrescentou a fonte.

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