Por: Lucas de Azevedo
O governo interino do Peru declarou estado de emergência na região de Tacna, na fronteira com o Chile, na última sexta-feira, 28, para conter uma possível onda de imigrantes irregulares, principalmente venezuelanos, e reforçar a segurança com apoio das Forças Armadas à Polícia Nacional.
A medida, válida por 60 dias nos distritos de Palca, Tacna e La Yarada-Los Palos, restringe direitos como liberdade de circulação e inviolabilidade domiciliar, visando combater crime e migração ilegal. O presidente José Jerí, (foto), anunciou a decisão em suas redes sociais, destacando a proteção das fronteiras.
“Nossas fronteiras se respeitam”, afirmou o presidente interino José Jerí em declaração pública na sexta-feira (28), enfatizando que o Peru não tolerará entradas irregulares. Já o ministro das Relações Exteriores, Hugo de Zela, reforçou em entrevista no Palácio do Governo, em Lima, no mesmo dia:
“Que fique claro, a política do governo é que não permitiremos a migração irregular”. Esses posicionamentos respondem ao temor de deportações em massa do Chile, caso o candidato de extrema-direita José Antonio Kast vença as eleições presidenciais.
O general de polícia Arturo Valverde informou, também na última sexta-feira 28, que a vigilância já foi intensificada na fronteira, com migrantes bloqueando a Rodovia Pan-Americana Sul após serem impedidos de entrar no Peru.
Dezenas de imigrantes sem documentos tentavam cruzar a pé, formando filas de veículos em ambos os lados. A ação ocorre às vésperas de tensões regionais, com o Peru militarizando a área para evitar uma crise humanitária.





