Por: Lucas de Azevedo
Em Bruxelas, na última sexta-feira (12), o ministro das Finanças português, Joaquim Miranda Sarmento, (foto), declarou ao final da reunião dos ministros das Finanças da UE: “Estou confiante que a solução dos ativos russos será possível, até porque ela não exige a unanimidade dos 27”.
Portugal posiciona-se favoravelmente à proposta da Comissão Europeia de um empréstimo de reparação à Ucrânia baseado nos ativos russos congelados na União Europeia, estimados em mais de 210 mil milhões de euros, majoritariamente na Euroclear em Bruxelas, com o país acreditando que o bloco votará a favor da medida já na próxima semana, apesar das resistências lideradas pela Bélgica, que detém mais de 130 mil milhões de euros imobilizados e exige garantias jurídicas claras dos outros Estados-membros para mitigar riscos legais, económicos, de liquidez e solvência.
O ministro Sarmento explicou aos jornalistas que:
“Nós apoiamos a proposta da Comissão do empréstimo com base em reparações de guerra que a Rússia venha a pagar à Ucrânia quando a guerra terminar, mas também, compreendemos as preocupações da Bélgica porque há riscos jurídicos, ecômicos, de liquidez, de solvabilidade e do crédito da própria instituição e do país”.
A UE busca estabilizar o financiamento à Ucrânia até 2026, em meio ao aumento dos custos da guerra e à ausência de apoio dos EUA sob a administração de Donald Trump, enquanto o Banco Central russo move ação judicial contra a Euroclear, considerada “especulativa” pelo bloco; paralelamente, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmou na última quarta-feira, 10, que os líderes europeus estão “muito perto” de um acordo, combinando esforços diplomáticos para fortalecer a posição ucraniana nas negociações de paz.


