Por: Lucas de Azevedo
Neste domingo, 2, o presidente da Nigéria, Bola Ahmed Tinubu, manifestou disposição para iniciar um diálogo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após graves ameaças feitas por ele contra o país africano.
As declarações foram dadas pouco depois do anúncio de Trump, via redes sociais, ordenando ao Departamento de Defesa dos EUA que se preparasse para uma possível ação militar contra a Nigéria, caso o governo não evitasse o que Trump chamou de homicídios em massa de cristãos por grupos que ele classificou como “terroristas islâmicos”.
Nas suas publicações deste sábado 1º, Trump afirmou que toda ajuda e assistência dos EUA à Nigéria poderia ser cortada imediatamente e ameaçou uma intervenção militar com “armas em punho” para “varrer” esses supostos terroristas.
“Se o governo nigeriano continuar a permitir o assassinato de cristãos, os EUA podem muito bem entrar nesse país para proteger essas vidas,” escreveu o ex-presidente, classificando a Nigéria como um país de “Preocupação Particular” por violação da liberdade religiosa.
Em resposta, Bola Ahmed Tinubu rejeitou enfaticamente as acusações, dizendo que a caracterização da Nigéria como um país “religiosamente intolerante” não condiz com a realidade do país, onde, segundo ele, a liberdade de crença é protegida pela constituição.
“Nós queremos deixar claro que nosso país respeita todas as religiões e que essas acusações são infundadas e injustas,” afirmou Tinubu em entrevista exclusiva para este veículo.
O presidente nigeriano também destacou a importância do diálogo para a resolução pacífica do impasse. “Estamos abertos a conversar com todas as partes, incluindo o ex-presidente Trump, para esclarecer os fatos e trabalhar em conjunto pela paz e segurança da Nigéria,” completou Tinubu.
O governo nigeriano reforçou que continuará empenhado em combater qualquer forma de violência no país, buscando soluções que respeitem a soberania nacional.





