Por: Lucas de Azevedo
Na última terça-feira, 2, durante o fórum de investimentos Russia Calling, em Moscou, o presidente russo Vladimir Putin declarou que “se a Europa quiser iniciar uma guerra, estamos prontos agora”. Ele acusou os europeus de apoiarem a guerra ao respaldarem a Ucrânia e afirmou que “se a Europa decidir ir à guerra com a Rússia e realmente iniciar uma guerra, uma situação poderia surgir muito rapidamente em que Moscou simplesmente não teria com quem negociar”. Putin ainda criticou as demandas europeias como “inaceitáveis” e reiterou a preferência por negociações apenas com os Estados Unidos, excluindo líderes europeus.
O ministro das Relações Exteriores alemão, Johann Wadephul, alertou recentemente que serviços de inteligência indicam que a Rússia está criando “a opção para si mesma de travar guerra contra a OTAN até 2029”.
Ele enfatizou a necessidade de “deter a agressão russa adicional, juntos com nossos parceiros e aliados”. Autoridades alemãs destacam um aumento de atividades híbridas ligadas à Rússia, como ciberataques, sabotagens e incursões de drones em espaço aéreo da OTAN.
O comissário europeu para Defesa, Andrius Kubilius, afirmou ao Euronews no mesmo dia 2 de dezembro que as provocações russas, incluindo drones e bombardeio a uma linha férrea polonesa, revelam deficiências: “do ponto de vista técnico, não temos capacidades suficientes de detecção, não temos meios econômicos para destruir drones”.
Kubilius admitiu que “nosso modo de preparação e mudança na compreensão das doutrinas de guerra moderna ainda não está no nível exigido”. [image from for Putin at the forum
