Rede russa de sabotagem desmantelada na Polônia

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Autoridades polonesas acusaram, na última terça-feira, 2, Mikhail Mirgorodsky, um matemático russo de 28 anos residente na região de Moscou, de liderar uma rede criminosa de pelo menos 30 pessoas que realizou atos de sabotagem e espionagem em território polonês sob ordens do FSB, o serviço de inteligência russo.

De acordo com o procurador nacional, Mirgorodsky usou o Telegram para coordenar as ações e criptomoedas para financiá-las, incluindo tentativas de descarrilamento de trens com armas para a Ucrânia em 2023.

“A investigação revela que Mirgorodsky, baseado na Rússia, orquestrou operações de inteligência russa na Polônia em 2023, dirigindo um grupo organizado em espionagem, sabotagem e propaganda”, afirmou o comunicado oficial dos promotores.

Em 2023, 16 membros da rede foram presos, incluindo uma dúzia de ucranianos, três bielorrussos e um russo, com penas de 13 meses a seis anos de prisão, frustrando planos de sabotagem em rotas de ajuda à Ucrânia.

Outros oito suspeitos, entre eles três bielorrussos, um ucraniano, um lituano, um polonês e dois russos (incluindo Mirgorodsky), foram acusados, com seis fora da Polônia; esforços continuam para identificar mais seis membros.

Um porta-voz da Agência de Segurança Interna da Polônia (ABW) declarou: “Estamos emitindo um mandado de prisão e um alerta vermelho da Interpol para capturá-lo.

A Polônia enfrenta crescentes ataques híbridos de Moscou desde a invasão da Ucrânia em 2022, com dezenas de detenções por espionagem russa ou bielorrussa, muitas usando passaportes de ucranianos ou outros. O caso surge após uma explosão em ferrovia no último mês, atribuída a ucranianos agentes russos.

“A Polônia é alvo de espionagem e guerra híbrida iniciada por Moscou, intensificada após fevereiro de 2022”, disse um oficial polonês em entrevista na concedida na última terça-feira, 2.

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