Por: Lucas de Azevedo
No último sábado, 22, o Reino Unido apresentou uma estratégia nacional para minerais críticos, com o objetivo de cortar a dependência de fornecedores estrangeiros até 2035. A meta é que 10% da demanda doméstica seja suprida pela produção própria no país e 20% por meio da reciclagem desses recursos essenciais, em meio à crescente competição global. A iniciativa conta com um financiamento adicional de até 50 milhões de libras para ampliar a extração e o processamento interno, com foco em lítio, níquel, tungstênio e terras raras.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, destacou que os minerais críticos são “a espinha dorsal da vida moderna e da segurança nacional”, ressaltando que aumentar a produção doméstica e a reciclagem ajudará a proteger a economia e contribuirá para reduzir o custo de vida da população.
A estratégia visa evitar que mais de 60% do suprimento de qualquer mineral crítico prov seja de um único país, uma medida que reflete preocupações com a forte dominância da China nesse setor, que atualmente detém cerca de 70% da mineração de terras raras e 90% do refino mundial.
A estratégia também destaca o crescimento expressivo da demanda britânica por esses materiais, com estimativas de que o consumo de cobre praticamente dobre e o de lítio aumente em 1.100% até 2035. Além disso, o Reino Unido firmou um acordo de cooperação mineral com a Arábia Saudita para fortalecer cadeias de suprimentos, promover investimentos e abrir oportunidades para empresas britânicas, reforçando a posição do país no cenário global dos minerais críticos.





