Por: Lucas de Azevedo
A Rússia formalizou, na última sexta-feira (6), a rescisão de acordos de cooperação militar com Portugal, França e Canadá, assinados entre 1989 e 2000, por meio de um decreto do primeiro-ministro Mikhail Mishustin. Os pactos, que incluíam visitas militares e colaborações em defesa, foram considerados sem relevância estratégica no atual contexto geopolítico, sem previsão de substitutos. O Ministério das Relações Exteriores russo notificará os países envolvidos para concluir o processo diplomático.
O analista de relações internacionais Ivan Petrov, do Instituto de Estudos Estratégicos de Moscou, afirmou: “Esses acordos pertencem a uma era de distensão pós-Guerra Fria, agora obsoletos diante da hostilidade ocidental, especialmente pelo uso de ativos russos congelados para financiar a Ucrânia”.
Petrov destacou o apoio de Portugal e França a um plano da Comissão Europeia para canalizar receitas de cerca de 235 bilhões de euros em bens russos retidos na UE para Kiev.
Questionado sobre impactos para Portugal, o diplomata português João Silva respondeu:
“A rescisão reflete a escalada de tensões, mas Portugal mantém sua postura firme em defesa da Ucrânia e da OTAN, sem afetar nossa segurança coletiva”. Silva enfatizou que os acordos eram remanescentes de cooperações técnicas antigas, agora substituídas por alianças atlânticas sólidas.





