Por: Lucas de Azevedo
A Ryanair anunciou na última sexta-feira (12), a intenção de cortar 20 rotas e um milhão de assentos nos aeroportos belgas de Bruxelas e Charleroi, em resposta ao aumento da taxa de aviação para 10 euros por passageiro em voos curtos a partir de 2027, além de uma taxa municipal de 3 euros proposta para Charleroi em 2026. O diretor comercial da companhia, Jason McGuinness, criticou duramente a medida em comunicado:
“Se o primeiro-ministro Bart De Wever e seu governo realmente quisessem reativar a economia belga, deveriam abolir este prejudicial imposto à aviação, não duplicá-lo”, alertando que os cortes representam uma redução de 22% no tráfego, com a retirada de cinco aviões e perda de competitividade frente a países como Suécia, Hungria e Itália, que reduziram impostos para atrair turismo e empregos.
McGuinness também classificou a taxa de Charleroi como “insensatez”, prevendo milhares de demissões locais e impacto negativo na economia belga, que busca cobrir um déficit de 9,2 bilhões de euros até 2029.
O primeiro-ministro belga Bart De Wever celebrou o orçamento em postagem no X escrevendo “Hoje o trabalho, amanhã o fruto”, após meses de negociações, mas a Ryanair intensifica sua oposição a impostos semelhantes em toda a Europa, como nos Açores .
Aeroportos belgas já avisaram que os custos extras serão repassados aos passageiros, elevando tarifas, enquanto McGuinness reforçou: “Apesar de tantos outros países da UE terem tomado esta medida para apoiar suas economias, a Bélgica segue no sentido oposto, aumentando custos de acesso e afastando companhias aéreas e turismo”.





