Por Giba Perez, Gustavo Garcia e Marcello Neves — ge Rio de Janeiro
O Fluminense apresentou na noite desta segunda-feira ao Conselho Deliberativo do clube a proposta que recebeu da Lazuli Partners e LZ Sports para aquisição da futura Sociedade Anônima do Futebol (SAF) tricolor. O ge entrou em contato com Carlos de Barros, sócio da empresa, que detalhou os valores da oferta e o compromisso de investimento.
Neste momento, a empresa propõe adquirir 65% da SAF do Fluminense. Entre os principais números, o aporte inicial será de R$ 500 milhões nos dois primeiros anos, além da assunção total da dívida de R$ 871 milhões.
Está prevista no contrato a obrigatoriedade de investimento de R$ 6,4 bilhões dentro de um período de 10 anos. O ge separou os principais temas em tópicos para elucidar as dúvidas dos torcedores sobre a proposta, que passará por votações entre conselheiros e sócios do clube.
Como será o modelo da SAF do Fluminense?
O modelo terá 40 investidores milionários, torcedores do Fluminense, adquirindo cotas da empresa que comandará o futebol. Os cotistas foram reunidos pela Lazuli Partners, uma gestora de investimentos, cuja subsidiária LZ Sports é a responsável pela proposta. Inicialmente, a gestora previa a participação de 15 torcedores, mas nas últimas semanas foi procurada por mais tricolores interessados no projeto.
Em caso de aprovação por conselheiros e sócios, a empresa será acionista majoritária da “Fluminense SAF”, com a associação permanecendo com a parte menor. A divisão será definida pelo tamanho da dívida no momento em que for feita a aquisição. Com a atual de R$ 871 milhões, o fundo teria 65%, e o associativo, 35%.
A SAF assumirá o futebol masculino, o feminino, as categorias de base e o futsal. Nesta divisão, Xerém ficaria com a empresa. A sede de Laranjeiras e outros imóveis continuam com a associação. Neste caso, está previsto um acordo de uso das locações.
A dívida total do Fluminense seria assumida pela empresa, e a associação receberia royalties do investimento — que começa na casa de R$ 12 milhões por ano. O modelo se diferencia de outras SAFs brasileiras, como a do Cruzeiro e a do Botafogo, por exemplo, nas quais um empresário assumiu e ficou responsável pelo comando do clube.