Por: Lucas de Azevedo
O shutdown do governo federal dos Estados Unidos entrou em seu 35º dia, igualando o maior período de paralisação da história do país, enquanto negociações orçamentárias seguem estagnadas no Congresso. O programa de assistência alimentar SNAP, responsável por alimentar cerca de 42 milhões de americanos de baixa renda, está tendo seus pagamentos suspensos, causando preocupação generalizada. Recentemente, o presidente Donald Trump declarou que os benefícios do SNAP só serão pagos integralmente quando o governo for reaberto, adotando uma postura rígida que tem intensificado o impasse político.
Em uma publicação na plataforma Truth Social, Trump criticou o aumento dos benefícios durante a administração anterior e condicionou a retomada dos pagamentos à reabertura do governo pelos “radicais democratas de esquerda”. “Os benefícios serão pagos apenas quando o shutdown acabar, que eles podem fazer facilmente, mas não antes”, afirmou o ex-presidente, insistindo que não liberará fundos enquanto o impasse persistir. Em contraste, a secretária do Trabalho, Lori Chavez-DeRemer, alertou sobre os riscos de interrupção também nos auxílios-desemprego, impactando ainda mais as famílias vulneráveis.
Entrevistados diretamente afetados pelo shutdown expressam apreensão. Maria Johnson, beneficiária do SNAP em Chicago, afirmou: “Sem essa ajuda, é difícil colocar comida na mesa para meus filhos.” Já o economista Mark Stevens comentou:
“Esta paralisação está causando danos econômicos profundos, afetando não apenas os beneficiários diretos, mas toda a economia local.” Fotos ilustrativas mostram filas em centros de distribuição de alimentos e as portas fechadas de órgãos públicos, refletindo a crise que se agrava dia após dia