Suprema Corte dos EUA é instada a anular decisão histórica sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo

A Suprema Corte dos Estados Unidos irá analisar em breve um pedido para reverter a decisão de 2015 que permitiu os casamentos entre pessoas do mesmo sexo no país. A solicitação faz parte de um recurso movido por Kim Davis , ex-escrivã de Kentucky que foi presa por seis dias em 2015 após se recusar a emitir licenças de casamento para um casal gay por motivos religiosos.

Em uma petição apresentada no mês passado, Davis argumenta que a proteção da Primeira Emenda para o livre exercício da religião a imuniza de responsabilidade pessoal pela negação de licenças de casamento, e apela contra o veredito do júri que a condenou a pagar US$ 100 mil por danos emocionais ao casal, mais US$ 260 mil em honorários advocatícios.

Além disso, sua defesa afirma que a decisão do tribunal superior no caso Obergefell X Hodges – que estendeu os direitos de casamento para casais do mesmo sexo sob as proteções do devido processo legal da 14ª Emenda — foi “gravemente errada”.

“O erro precisa ser corrigido”, escreveu o advogado de Davis, Mathew Staver, na petição, chamando também o voto majoritário do juiz Anthony Kennedy de “ficção jurídica”.

O apelo à Suprema Corte ocorre em um momento em que conservadores e opositores dos direitos de casamento para casais do mesmo sexo buscam uma nova campanha para reverter precedentes legais e permitir que cada estado defina sua própria política.

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