Suspeitos de atentado em Sydney, na Austrália, planejaram ataque com treinamentos táticos por meses

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Os dois homens acusados do atentado antissemita na praia de Bondi, em Sydney, que matou 15 pessoas no dia 14 de dezembro, planejaram meticulosamente o ataque durante meses, incluindo treinamentos táticos com armas de fogo em áreas rurais de Nova Gales do Sul, conforme documentos judiciais divulgados pela polícia na última segunda-feira, (22).

Imagens capturadas mostram os suspeitos, pai e filho identificados como Sajid Akram, de 50 anos, e Naveed Akram, de 24 anos, atirando com espingardas e realizando movimentações táticas, além de um vídeo em um dos telefones onde eles repudiam “sionistas” diante de uma bandeira do Estado Islâmico, recitando trechos do Alcorão e detalhando motivações jihadistas.

A polícia revelou ainda que os atiradores fizeram uma viagem de reconhecimento à praia dias antes do massacre, que deixou 16 mortos no total, incluindo Sajid morto no confronto, enquanto Naveed foi transferido de hospital para prisão enfrentando acusações de terrorismo e 15 assassinatos.

O primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, em declarações na última segunda-feira, (22), pediu desculpas à comunidade judaica e prometeu reformas rigorosas:

“Não vamos permitir que os terroristas inspirados pelo EI vençam. Não vamos deixar que dividam nossa sociedade. Vamos superar isso juntos”, afirmou, adicionando que “o governo trabalhará todos os dias para proteger os judeus australianos, para proteger seu direito fundamental como australianos, de praticar sua fé, de educar seus filhos e de participar da sociedade australiana da maneira mais plena possível”.

Chris Minns, chefe do Executivo de Nova Gales do Sul, também falou no mesmo dia sobre novas leis estaduais limitando posse de armas a quatro por pessoa comum ou 10 para casos especiais como agricultores, além de proibir símbolos terroristas como a bandeira do EI:

“Não podemos fingir que o mundo é o mesmo de antes do incidente terrorista (…) Eu daria qualquer coisa para voltar uma semana, um mês, dois anos, para garantir que isso não tivesse acontecido, mas precisamos tomar medidas para que nunca mais aconteça”.

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