Por: Lucas de Azevedo
No´último sábado, 15, os Estados Unidos realizaram mais um ataque no Pacífico Oriental contra uma embarcação suspeita de traficar drogas, em uma operação coordenada pela força-tarefa Southern Spear. O ataque, confirmado pelo Pentágono no domingo, resultou na morte de três homens, descritos no comunicado oficial como “narco-terroristas”.
A ação faz parte de uma ofensiva militar iniciada em setembro para interromper o fluxo ilícito de narcóticos para os EUA, que já causou mais de 80 mortes segundo dados do próprio Pentágono.
Em entrevista, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, anunciou que o Departamento de Estado pretende classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira, uma medida que torna crime qualquer apoio material ao grupo dentro dos EUA. Ele afirmou que “o governo venezuelano, liderado por Nicolás Maduro, está corrompendo as instituições e é responsável por violência terrorista em parceria com facções criminosas”. Rubio destacou ainda que “é necessária uma presença militar reforçada na região do Caribe para combater essas redes criminosas”.
Apesar da escalada das ações militares, o ex-presidente Donald Trump falou no mesmo domingo, 16, sobre a possibilidade de negociar com Maduro, ressaltando que “eles gostariam de conversar” e que “veremos como isso se desenrola”.
Enquanto isso, o Pentágono decidiu aumentar sua presença com navios de guerra, caças e um submarino nuclear, em meio a discussões sobre operações mais diretas contra o governo venezuelano. A ofensiva nos mares do Pacífico segue assim entre tensão militar, acusações políticas e potenciais canalizações diplomáticas.
